quinta-feira, 23 de junho de 2011

- Eu penso, mamãe, eu penso!


 - Ele é um homem rico, refinado e apaixonado por você. Ele não é um mulherengo que conta lorotas... mas um homem vivido e marcado pela vida.
- Eu sei, mas não queira vendê-lo para mim. Fala dele como fala dos seus guarda-chuvas.
- Ele protegerá você!
- Que engraçado!
- Guy pode ter representado um certo ideal para você, mas que futuro pode lhe oferecer? Você sabe... uma vez também fui cortejada por um homem que não era seu pai.
- Deveria ter se casado com ele.

Les Parapluies de Cherbourg, 1964, de Jacques Demy
Catherine Deneuve e Anne Vernon


(Para saber mais sobre o filme, clique aqui)

- Emily, a Grande. Em que posso ajudar?


- Oi. Estou procurando uma droga que temporariamente paralise ou subjugue alguém. Não que mate, mas que dê controle total.

- Eu sempre uso álcool. Menos complicado e bem mais barato.


Criminal Minds. Episódio 11, 2ª Temorada.

Penelope Garcia e Emily Prentiss

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Sina?

Eis aqui um vídeo produzido para a disciplina de Psicologia da Comunicação. A abordagem relaciona-se com o processo de socialização e identidade infantil.

Embora produzido com poucas condições técnicas e de forma um tanto desesperada, ficou bastante legal. A edição de Renata Costa foi para lá de eficiente na compilação das nossas ideias e os rostinhos das crianças super fazem valer à pena os quase três minutos de vídeo.

Chequem :)


Imagens: Andressa Vieira e Ananda Braga
Produção: Andressa Vieira, Ananda Braga, Kassandra Lopes e Larissa Moura
Edição: Renata Costa

Eu fui a uma festa junina.

Era alegre, colorida, as pessoas sorriam e faziam questão de mostrar seus chapéus de palha e vestidos coloridos. Eu fui a uma festa junina e ninguém julgava ninguém. Ninguém trocava as saia rodadas por minissaias ou as pintinhas pretas nas bochechas por uma sobrecarga de blush, rímel e corretivo.

Eu vi a noiva. Ela era morena, linda e atraente. Não importava que o sapato não combinasse com o vestido - que estava rasgado. Ela era bonita ainda assim. E estava orgulhosa de ser a noiva. Eu vi os casais de matutos. O homem mal falava, apenas tentava esboçar um sorriso quando a mulher, que exibia um constante sorriso sem dentes, lhe fazia carinho e lhe beijava o rosto.

Eu vi o músico que tocava o pandeiro. Nada lhe faria mais feliz àquela tarde que tocar, por duas horas seguidas, um mesmo som.

Eu vi as quadrilhas. Eram duas. A primeira era tão cheia de diferenças quanto homogeneizada. As segregações pareciam unir-se em uma parceria perfeita, formando a dança mais bonita e encantadora que já tive o prazer de acompanhar. A segunda... Ah... a segunda. A noiva deveria ter idade de ser minha avó. Mas a disposição de quem poderia ser minha filha. Durante meia hora assisti a um espetáculo junino e a uma lição de saúde escrachada.

Eu fui a essa festa fotografar. Fotografei sorrisos tortos, banguelos, sinceros, olhares avoados, amorosos, felizes e orgulhosos. Eu fotografei todos que me pediam, e os que eu pedia também. E fotografar nunca me deu tanto prazer.

Depois de dois anos de mal com São Pedro, Santo Antônio e São João, eu fui a uma festa junina em um hospital psiquiátrico. E nunca estive em uma festa tão diferente. Mas isso importa? Não para aquela festa, a mais bonita de todas que já fui.


(Free to be whatever you/Whatever you say/If it comes my way it's alright)

terça-feira, 21 de junho de 2011

Shania sacode a poeira e dá a volta por cima

Shania Twain finalmente livrou-se do mal maior de sua carreira: o casamento mal-sucedido e suas consequências.



Shania, ícone do country-pop dos anos 90 e início dos anos 2000, não sobe em palcos há mais de sete anos, quando resolveu dedicar-se a dura atividade de sustentar - sozinha - o casamento que ruía. Não conseguiu, de toda forma. O marido, um carinha "bacana" e pouco sociável, o produtor e compositor Robert John “Mutt” Lange, apaixonou-se pela melhor amiga de Shania, por quem a deixou.

Desde então, a cantora remoe mágoas, muito bem expostas em um documentário de TV e em um livro, nos quais Shania, de 45 anos, descreveu a destruição do seu casamento de 14 anos e os medos de que nunca cantaria novamente por conta de uma doença chamada disfonia, em que os músculos apertam as cordas vocais.

Como fã incurável da música e do estilo de Shania, não tenho mais palavras para xingar o fulaninho que provocou isso tudo. Mas como diva é sempre diva, Shania roda a baiana, sacode a poeira e dá a volta por cima! E em grande em estilo. Ela se apresentará para os fãs na arena de 4.300 lugares no Caeser's Palace, em Las Vegas.


O show, de título muito bem escolhido, chamado Shania: Still the One, vai começar no dia 1º de dezembro de 2012. Ela vai ser a primeira cantora country a se apresentar como a principal atração do lugar.

O sucesso de Shania Twain, ou Eilleen Regina Edwards, seu nome verdadeiro, alcançou o ápice em 1997, com o lançamento de Come on Over, que elevou a venda mundial de discos para mais de 75 milhões. O seu último lançamento em estúdio foi em 2002, com Up! e os grande singles Nah!, I'm Gonna Getcha Good, Ka-Ching, In My Car (I'll be the driver) e Up! (minha música favorita dela).

Mas o melhor álbum de Shania é mesmo Come on Over, quando as suas tendências pop vêm a tona, casando perfeitamente com o country, que lhe é sacramentado, e a voz forte, um tanto rouca e envolvente.

As composições de Shania são sempre dotadas de bom humor e um toque bem apimentado de feminismo e pouco romantismo. Claro que sempre encontraremos recaídas como "You're still the one", "Don't" (que já foi trilha de novela Global) e "From this moment on", eternamente tocadas em casamentos e momentos de juras de amor.

Shania Twain - Up!

Bem... quem duvida que ela não fará composições sobre o tema por um bom tempo? Eu não acho ruim. Nada como a acidez de "Honey, I'm home", "That don't impress me much" e, claro, a clássica "Man! I feel like a woman", responsável pela minha simpatia inicial com Shania.

That don't impress me much - Shania Twain

Admito que o nome artístico Twain (que remetia a Mark Twain, escritor de dois dos meus livros favoritos) muito me induziu...

De toda forma, anuncio em primeira mão que logo começarei a vender rifas para a minha viagem a Las Vegas em 2012. Por favor, colaborem e façam uma fã feliz. Em recompensa, posto aqui o álbum que une os maiores sucessos de Shania, que ainda não são muitos. Espero que, com a retirada do ex-marido brucutu de cena, logo outros sejam lançados.


E de brinde, o recém-lançado single de reviravolta: Today is your day.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

"- Por que você está olhando para mim dessa forma?


- Eu tive um impulso terrível de fazer algo...
- Nunca resista a um impulso, Sabrina, especialmente se ele for terrível."

Sabrina (1954), direção de Billy Wilder. 
Com Audrey Hepburn e Humphrey Bogart.

sábado, 18 de junho de 2011

Story of Stuff e o consumismo selvagem

Há quatro anos, aproximadamente, tive uma aula de meio ambiente/consumismo/lixo na turma de Geografia do meu primeiro ano do Ensino Médio. Essa é uma das poucas aulas que ainda lembro e ponho em prática até hoje.

A professora, também Andressa (e por esse motivo, sempre que eu conseguia uma nota alta, ela punha um recadinho de auto estima no canto da prova: "Tinha que ser Andressa mesmo!"), uma geógrafa extremamente competente e apaixonada por causas ambientais, quase nos implorou que selecionássemos melhor os produtos que consumíamos e o que realmente precisava ir para o lixo. "Muitas vezes, jogamos fora pelo simples motivo de querermos algo novo, ainda que o objeto antigo esteja em perfeitas condições de uso". Explicou-nos sobre produtos que prejudicavam o meio ambiente e como fazer para evitá-los. 

Eu sabia que, sozinha, não ia fazer lá muita coisa, mas me orgulho de, desde então, só usar desodorante roll-on e manter o mesmo estojo de lápis (feito de uma calça jeans) que utilizava há quatro anos.

Hoje, em um trabalho apresentado por um colega no curso de Inglês, assisti a um vídeo que me lembrou bastante essa aula. Trouxe, então, para compartilhá-lo com vocês. Chama-se "Story of Stuff", ou "História das Coisas" e é apresentado por essa guru ambiental chamada Annie Leonard.

Por favor, se tiverem tempo, assistam aos pouco mais de vinte minutos. Há alguns erros de tradução nas legendas, mas a síntese dá para pegar muito bem.


E, se puderem também, não consumam tanto. De alguma forma, ajuda o sistema a melhorar.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Bispo Católico diz que “mulheres dificilmente são violentadas sem consentimento”

“A ditadura gay não vai poupar ninguém, nem mesmo nossos filhos”.

Da sede da diocese de Guarulhos, o bispo dom Luiz Gonzaga Bergonzini prepara um texto para publicar em sua página na internet. A frase é o título de um artigo divulgado em seu blog, que fala dos “riscos” que as famílias correm com o “kit gay”, que seria distribuído em escolas pelo governo da presidente Dilma Rousseff. “Se [o kit] não é assédio, aliciamento e molestamento sexual pró-sodomia, então o que é?”, questiona o documento compartilhado pelo religioso na internet. O bispo usa o site para se comunicar com as famílias católicas e alerta, em outro texto: “Conspiração da Unesco transformará metade do mundo em homossexuais”.
A reportagem é de Cristiane Agostine e publicada pelo jornal Valor, 13-06-2011.
Dom Luiz Gonzaga Bergonzini criou o blog no ano passado (www.domluizbergonzini.com.br), quando ficou conhecido nacionalmente por defender o voto contra Dilma e o PT. À frente da diocese da segunda cidade mais populosa de São Paulo (1,3 milhão de habitantes), o religioso ajudou a colocar o aborto na pauta eleitoral. Há um ano, antes do início oficial da campanha, publicou um artigo no site da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em que dizia que os “verdadeiros católicos e cristãos” não poderiam votar na candidata petista. No decorrer da campanha, articulou a distribuição de folhetos em igrejas defendendo o voto anti-PT.
O bispo, com 75 anos, é jornalista profissional, com registro adquirido por atuar na área desde seus tempos de padre.

No mês passado, o religioso mobilizou sua base católica e uniu-se a evangélicos em duas lutas: contra o kit anti-homofobia, preparado pelo governo federal para ser distribuído em escolas, e contra o projeto de lei 122, que criminaliza a homofobia. O “kit gay” abriu novas frentes de protesto contra Dilma e o governo teve de recuar e reformular o material. Já o PL 122, que tem a petista Marta Suplicy (SP) como relatora no Senado, é considerado “heterofóbico” por religiosos.

O resultado do engajamento é contado pelo bispo com um sorriso. Em 2010, depois de sua pregação contra a “candidata a favor do aborto”, Dilma perdeu no segundo turno em Guarulhos, apesar de ter ganho no primeiro turno no município. ” A cidade é comandada há três gestões pelo PT e em 2002 e 2006 o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ganhou lá nos dois turnos. Na campanha de 1985 pela Prefeitura de São Paulo, engrossou o coro contra Fernando Henrique Cardoso, depois que o candidato gaguejou ao ser questionado sobre a existência de Deus. Naquela eleição, FHC foi taxado de “ateu”.

Dom Bergonzini não gosta do PT e diz que nunca votou no partido. “Todo radicalismo é exagerado e o PT sempre foi um partido radicalista”, comenta. Para o religioso, é o “partido da morte”. O motivo? “Em dois congressos o partido fechou questão a favor da liberação do aborto. Em vez de promover a vida, promovem morte”, diz.

Sentado em sua sala na diocese, o religioso ajeita os cabelos com as mãos, ajeita o crucifixo no peito e começa a frase com um “minha filha”, ritual que repete quando demonstra incômodo.

“Não aceito nenhum partido; Sou contra todos eles”, diz. “Minha filha, já falei mal do partido A, B, C. Não me prendo a nenhum”. Para o bispo, as legendas não deveriam nem existir depois das eleições.

A pressão do religioso contra o PT intensificou-se durante o governo Lula. Em 2005, o Ministério da Saúde editou uma norma técnica para os casos de aborto permitidos por lei e determinou que a vítima de estupro não precisaria apresentar um Boletim de Ocorrência (BO) para fazer o aborto, com base no Código Penal. Para o bispo, foi uma ação para flexibilizar a prática e tornou-se uma brecha.

“Vamos admitir até que a mulher tenha sido violentada, que foi vítima… É muito difícil uma violência sem o consentimento da mulher, é difícil”, comenta. O bispo ajeita os cabelos e o crucifixo. “Já vi muitos casos que não posso citar aqui. Tenho 52 anos de padre… Há os casos em que não é bem violência… [A mulher diz] ‘Não queria, não queria, mas aconteceu…’”, diz. “Então sabe o que eu fazia?” Nesse momento, o bispo pega a tampa da caneta da repórter e mostra como conversava com mulheres. “Eu falava: bota aqui”, pedindo, em seguida, para a repórter encaixar o cilindro da caneta no orifício da tampa. O bispo começa a mexer a mão, evitando o encaixe. “Entendeu, né? Tem casos assim., do ‘ah, não queria, não queria, mas acabei deixando’. O BO é para não facilitar o aborto”, diz.

O bispo continua o raciocínio. “A mulher fala ao médico que foi violentada. Às vezes nem está grávida. Sem exame prévio, sem constatação de estupro, o aborto é liberado”, declara, ajeitando o cabelo e o crucifixo.

O religioso conta de uma ação para dificultar o aborto em Guarulhos. Sua mobilização fez com que o Ministério Público notificasse o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo e o sindicato dos profissionais de saúde de Guarulhos, Itaquaquecetuba e Mairiporã sobre a proibição da prática sem o BO, inquérito policial e autorização judicial.

Dom Bergonzini acha que “a pessoa que se julga vítima” tem de fazer o BO e apontar o nome do agressor. “Filha, não existe nada debaixo do sol que não seja conhecido. É muito difícil. Se a pessoa fizer questão mesmo, vai fazer exame de espermatozoide, etc, vai descobrir [quem é agressor]. A Justiça tem de ir atrás.” Para o bispo, com essa ação em Guarulhos, a igreja “deu um passo à frente, embora, mesmo nesses casos, o aborto seja inaceitável”.

A discussão sobre o aborto logo voltará ao centro do debate no país e o bispo diz estar preparado para orientar os fiéis. Em agosto, o Supremo Tribunal Federal deve julgar a jurisprudência dos casos de anencefalia fetal.

Dom Bergonzini argumenta que a ciência não é infalível e, por isso, nada garante que o bebê nascerá sem cérebro. O bispo diz conhecer um caso em que foi diagnosticado anencefalia e recomendado o aborto, mas que a criança nasceu “perfeitamente sã”.

A profissão de fé do bispo, jornalista e blogueiro é a luta pela “defesa da vida, contra o aborto”. O tema é um dos mais abordados em seu blog. Na internet, os textos “em defesa da vida” são os que levam sua assinatura. Os artigos que debatem o homossexualismo são assinados por terceiros.

Dom Bergonzini lembra que durante a campanha de 2010 recebeu mais de mil e-mails. “Nem 10% foram de críticas. As pessoas me falavam parabéns. Escreviam: ‘ainda bem que o senhor teve coragem de falar’, ‘nós temos um bispo que usa calça comprida’, nessa linha”, relata.

O artigo de sua autoria, contra o PT, chegou à Espanha, Portugal, Bélgica, Alemanha e Holanda, segundo o bispo. “Apanhei, mas bati bastante.”

A maior polêmica se deu com os mais de 20 mil folhetos distribuídos em igrejas de vários Estados, reforçando o voto anti-PT. Antes do primeiro turno, o texto foi escrito por um padre da diocese de Guarulhos, assinado por três bispos e impresso pela regional Sul 1, da CNBB de São Paulo. A fama, no entanto, ficou com dom Bergonzini, que assumiu a autoria do texto. O conteúdo reiterava o que o religioso já tinha publicado no jornal da diocese. Os folhetos foram apreendidos pela Polícia Federal e mesmo depois de a distribuição ser proibida, o texto circulou entre católicos.

A polêmica fez com que parte da CNBB fizesse ressalvas à atuação do bispo e dissesse que não era a opinião da igreja. O religioso discorda. “Não é a minha posição. É a posição da igreja que eu defendo. Está no Evangelho.”

A atuação religiosa de dom Bergonzini se mistura com suas intervenções em temas políticos. Ainda padre em São João da Boa Vista, foi diretor-responsável de um jornal local. “Escrevia sobre a cidade e quando tinha problema religioso, escrevia sobre isso também”, conta. Anos depois de chegar a Guarulhos, em 1992, fundou o jornal da diocese, que publica artigos com temas ligados à igreja e com sua opinião.

O bispo analisa que é natural a igreja indicar para seus fiéis, nas eleições, quem são os bons candidatos. “Minha filha”, diz, “a igreja tem obrigação de defender a fé e a moral, então tem que alertar o povo na eleição”, discorre. “Os políticos não fazem isso? Se eles têm o direito de falar mal de um partido, por que a igreja e um padre não podem manifestar sua opinião? É questão de coerência.”

Os seis primeiros meses de governo Dilma não arrefeceram o ânimo de dom Bergonzini contra a presidente. A qualquer momento, diz, o governo tentará avançar em direção ao aborto. Em sua análise, Dilma escolheu para a equipe uma “abortista confessa”, que tentará emplacar mudanças, sem citar um nome. ” É a história do macaco que queria tirar uma castanha do fogo, mas, para não se queimar, pegava a mão do gato e tirava a castanha”, explica. “Dilma está fazendo isso. Ela não quer botar a mão lá, porque se queima”.

Nas próximas eleições, o religioso não pretende sair da linha de frente dos debates envolvendo a igreja e a política, apesar de estar prestes a se aposentar. Pelo menos um político já está na mira: o deputado federal Gabriel Chalita. Eleito com a segunda maior votação em São Paulo, Chalita é ligado à igreja carismática e é pré-candidato à Prefeitura de São Paulo. “O Chalita – pode colocar isso porque já falei na cara dele, não tenho medo – para mim não é pessoa confiável. Em questão de meses pertenceu a três partidos. A escolha que ele faz é de interesse próprio, não da comunidade”, diz. No início do mês, o deputado migrou do PSB para o PMDB, depois de já ter passado pelo PSDB. “Ele usou a Canção Nova para se eleger e provocou uma cisão por lá ao apoiar Dilma. Isso contrariou a nossa filosofia religiosa”, afirma. Só a campanha contra coaduna com sua doutrina.

Dom Bergonzini deve deixar o cargo de bispo às vésperas da eleição de 2012. Ao completar 75 anos, em 20 de maio, pediu aposentadoria ao papa Bento XVI, como é a praxe, e ficará na função até seu sucessor ser nomeado. O prazo médio é de um ano. Depois, será nomeado bispo emérito e não comandará mais a diocese. O religioso, no entanto, quer continuar em Guarulhos.

Licenciado em filosofia e teologia, dom Bergonzini está há 30 anos na cidade, dos quais 19 anos como bispo. “Celebro missa desde que fui ordenado, comungo desde o dia de minha primeira comunhão, 23 de outubro de 1940″, diz. O religioso ressalta que pode “e deve” continuar rezando missas, mesmo aposentado. E ameaça: não vai sair de cena.

Do blog: Ah, seu bispo, faça-me o favor, hein? Às vezes me dá nojinho como algumas pessoas são tão caridosas para umas coisas e tão hipócritas para outras. Somos todos humanos, meu querido. Vá assistir as reprises do Vaticano II que já é uma ajuda boa para o senhor. E passar bem.

A Gata

O post abaixo, cuja inspiração me veio em uma aula de Opinião Pública - na verdade, foi sugestão de um convidado, mas senti mesmo que ele estava faltando em um blog chamado Alice Suburbana - trouxe meu pensamento para outro episódio.

Há aproximadamente quatro anos estava eu na casa dos meus avós maternos, no Alto Oeste do Rio Grande do Norte. Havia levado minha amiga, Ana Clara, como sempre, muito observadora - para tudo, menos o que é realmente necessário (rs)

Havia vários gatos, mas uma gata em específico estava sempre perto de nós. Fosse se roçando, ronronando, dormindo ou apenas nos olhando. E ela era bonita. Se não me engano, tinha um pelo escuro e olhos brilhantes, como todo felino. Era bonita.

Então, Ana Clara, certa tarde, perguntou-me, enquanto observava a dita gata:

- Andressa, como é o nome dessa gata?

Não sabia. Perguntei, então, para o meu avô.

- Vô, como é o nome dessa gata?

Ele me pareceu confuso, puxou pela memória, então deu de ombros e disse, com um ar simplista:

- Minha filha, eu chamo de Gata mesmo.

Mania essa das pessoas de dar nome para tudo, né? Gato já tem nome. É Gato mesmo! Sem querer, meu avô já era aprendiz dos simplisos de Lewis Carrol.

Ao contrário da neta, cujo notebook chama-se Elizabeth III (pois já houveram outros dois) e o futuro carro (que ainda sequer tem data para chegar) atenderá pelo vocativo de Cleopatra Thea I.

Desde que ande o bastante

Ao ver Alice, o Gato só sorriu. Parecia amigável, ela pensou; ainda assim, tinha garras muito longas e um número enorme de dentes, de modo que achou que deveria tratá-lo com respeito.

"Bichano de Cheshire", começou, muito tímida, pois não estava nada certa de que esse nome iria agradá-lo; mas ele só abriu um pouco mais o sorriso. "Bom, até agora ele está satisfeito", pensou e continuou: "Poderia me dizer, por favor, que caminho devo tomar para ir embora daqui?"

"Depende bastante de para onde queira ir", respondeu o Gato.

"Não me importa muito para onde", disse Alice.

"Então não importa que caminho tome", disse o Gato.

"Contanto que chegue a algum lugar", Alice acrescentou à guisa de explicação.

"Oh, isso você certamente vai conseguir", afirmou o Gato, "desde que ande o bastante."

(CARROL, Lewis. Alice no País das Maravilhas. Ed. Zahar. Rio de Janeiro, 2009. P. 76 e 77.)

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Menos profissional...

Era ruiva. Não natural, mas se tornara depois que percebera que os homens sentiam-se atraídos por mulheres ruivas. Talvez por haver poucas. Porém, ninguém, a não ser a melhor amiga, que pintara o seu cabelo, diria que ela não fora sempre daquele jeito. O ruivo caía bem quando associado aos olhos azuis, à pele tão branca e delicada, e às sardas discretas e charmosas no rosto.

Quando o telefone tocou ela já estava pronta. Olhara-se no espelho antes de sair de casa. O ruivo também ficara bom com o short jeans curto e a blusa tomara-que-caia. Quando calçou a sandália de saltos altos, discreta e atraente, teve certeza que seria muito bem recompensada.

Dentro da carteira, pôs as camisinhas, embora alguns preferissem não usá-la. E pôs, claro, o cartão que lhe dava o benefício da meia-passagem.

Quando entrou no ônibus, indo em direção àquele encontro vespertino, fechou os olhos e concentrou-se na música que tocava em seu mp3. Desejou que as próximas três horas passassem rápido. Precisava chegar na loja de celulares antes que fechasse. Compraria um aparelho exatamente como Ana queria... E o melhor momento do dia, ela sabia, seria ver a expressão de felicidade da amiga após entregar-lhe o presente. E sentir-se protegida, mais garota e menos mulher. Mais amadora e menos profissional...

Charge: Novos óculos de Micarla

Achei essa charge o máximo. Espero que o autor não se importe que eu a poste aqui. Um bom dia a todos... embora nem todos o terão.

Autor: Ivan Cabral

quarta-feira, 15 de junho de 2011

"Marcha das Vagabundas" chega ao Brasil. E a Natal

Marcha das Vagabundas em São Paulo

 Não se assuste, leitor. Não se trata de mais uma classe em greve trabalhista. A “Marcha das Vagabundas”, ou “Marcha das Vadias”, como também tem sido chamado no Brasil, é um protesto feminista que tem ganhado visibilidade em todo mundo.

Dizer que os assédios sexuais e estupros acontecem devido à forma como uma mulher se veste - ou não se veste - é o mesmo que sugerir que uma pessoa é morta por um serial killer por andar sozinha, ou que uma mulher é espancada por ter casado com o homem que ama - ou amava.

Uma coisa é certeza: as mulheres não escolhem ser estupradas, e é um problema social, e não apenas delas, que não possam usar seus shorts ou minissaias sem que um maníaco as ataque.

Então, quando o policial Michael Sanguinetti, em um momento infeliz, resolveu sugerir que as universitárias de Toronto, no Canadá, usassem roupas mais "decentes" para ir às aulas a fim de que não fossem assediadas, nada mais justo de que um protesto se formasse: A “Marcha das Vagabundas”, ou SlutWalk. Ora... talvez ele só quisesse ajudar aquelas garotas, mas ajuda mais eficiente seria um incentivo maior na segurança pública para prender os pervertidos.

Em 3 de abril estourou o protesto, quando as universitárias que se sentiram ofendidas pelo comentário do policial canadense e demais simpatizantes da causa saíram às ruas, vestidas a seu bel prazer, com gritos e cartazes de manifesto contra o machismo e a favor da liberdade de não serem julgadas ou penalizadas pela forma como se vestem.

A causa foi adotada por mulheres de vários países. A segunda manifestação deu-se em Boston, nos EUA.  Com a repercussão dos primeiros protestos, o movimento já se espalhou para outras cidades do Canadá e dos Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia, Grã-Bretanha, Holanda, Suécia e até mesmo da Argentina.
No último dia 4, aconteceu a primeira “Marcha das Vagabundas” no Brasil, em São Paulo, com cerca de 300 manifestantes, protestando contra machismo e violência contra a mulher.

Aliás, quem precisa do policial “brucutu”, quando se tem Rafinha Bastos? Em seu show de comédia stand-up, Rafinha, do programa CQC, não hesita antes de fazer comentários machistas e apologias ao estupro. "Toda mulher que eu vejo na rua reclamando que foi estuprada é feia pra caralho. Tá reclamando do quê? Deveria dar graças a Deus", disse o humorista.

As “sluts” não deixaram barato. Segurando cartazes com frases como “Ensine os homens a respeitar, não as mulheres a temer”, e “Chega de engolir, está na hora de cuspir”, a marcha paulista desceu para a Rua Augusta, onde fica o Comedians, teatro de stand up comedy de Rafinha Bastos. Ao perceber a aproximação da marcha, funcionários do local baixaram as portas rapidamente. Lá, aos gritos de “Estupro não é piada, machismo mata”, as manifestantes colaram cartazes com mensagens anti-violência.

Em Natal, a manifestação acontecerá em conjunto com a Marcha da Liberdade, e já tem dia, local e hora marcada.  A página no Facebook já contabiliza mais de 100 confirmações de presença para o protesto que acontecerá no próximo sábado (18). A concentração começará às 15h, na Praça Vermelha, em Cidade Alta. O Início da Marcha está marcado para as 17h.

A “Marcha da Liberdade” protesta contra o tratamento violento da polícia no confronto com civis e a favor da liberdade “de credo, de assembléia, de amor, de posições políticas, de orientações sexuais, de cognição, de ir e vir… e de resistir”, como define o site do protesto www.marchadaliberdade.org.
Em meio a tantos protestos pelo estado, vale à pena reivindicar o direito de que se façam cumprir os nossos direitos: respeito e liberdade.

Uni-vos, portanto, “vadias” e libertários!

(Originalmente publicado no Jornal Potiguar Notícias)

terça-feira, 14 de junho de 2011

Acadêmicos norte-americanos assumem se passar por garota lésbica síria em blog

Por Correio do Brasil, com edição

Um estudante norte-americano que mora na Escócia revelou ser o autor do blog apresentado como pertencente a uma jovem lésbica síria, Amina Abdullah, que se tornou famosa pela defesa da democracia, informa a edição desta segunda-feira do diário britânico The Guardian. Em uma mensagem com o título “Desculpas aos leitores”, Tom MacMaster afirma que não esperava despertar tanto interesse. Ao mesmo tempo, escreve que apesar da blogueira não existir de verdade, “os fatos relatados no blog são verdadeiros e não enganam sobre a situação” na Síria.
Tom MacMaster
De acordo com o Guardian, vários blogueiros encontraram provas nos últimos dias que levavam a MacMaster e a sua esposa Britta Froelicher. MacMaster, 40 anos, faz mestrado na Universidade de Edimburgo e, segundo o jornal britânico, é um ativista das causas árabes. Sua esposa faz doutorado, na mesma universidade, sobre o desenvolvimento econômico da Síria. O blog, atribuído à jovem Amina Abdallah, continha fotos feitas por Britta Froelicher.

“Não penso ter feito mal a ninguém. Crie uma voz para temas que me preocupam muito”, escreveu MacMaster.

Uma pessoa que se fez passar por uma prima de Amina Abdullah anunciou na semana passada que a blogueira havia sido “sequestrada” por homens armados em uma rua de Damasco.
“Amina Abdallah” era a dona do blog “Uma lésbica em Damasco”, no qual a autora defendia sua homossexualidade e publicava texto de apoio às reivindicações de democracia na Síria. Uma página no Facebook, “Free Amina Abdalla”, foi criada após o anúncio do sequestro.

Página do blog Damascu's Gay Girl
Desde que foi criado, em Fevereiro desse ano, o blog contabiliza mais de 2.000 seguidores e quase 1.000.000 de visualizações.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Casa Civil Mal-Assombrada e Micarla Viajante

Minha especialidade não é bem política, mas adoro uma boa pitada de humor. Então, amante de charges que sou, resolvi começar a postar algumas, sempre que achar interessante. As primeiras, retirei do portal Potiguar Notícias e do Blog do Oliveira. Ambas sobre política, uma em âmbito nacional e a outra em âmbito local. Confiram:

Autor: Humberto

Autor: Rômulo Estânrley





Uma ótimo início de semana a todos!

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Caco Barcelos em Mossoró

O jornalista e escritor Caco Barcellos será um dos palestrantes convidados pelo IV Congresso Científico de Mossoró, onde proferirá a palestra de encerramento do evento. Um dos profissionais mais bem conceituados em sua área e vencedor de diversos prêmios, Barcellos ganhou destaque por seu trabalho com o jornalismo investigativo dentro das temáticas da violência e da injustiça social.

O jornalista possui experiência dentro de veículos impressos e televisivos, tendo prestado serviço à revistas , jornais e TV . Seu destaque profissional veio por seu trabalho como correspondente internacional, cobrindo desastres naturais e conflitos armados em diferentes continentes.

Como escritor tornou-se uma importante referência literária dentro das escolas de comunicação de todo o país. Os seus livros, “Rota 66” e “Abusado, o dono do Morro Santa Marta”, são vencedores do Prêmio Jabuti de Jornalismo, em 1993 e 2004, respectivamente. Sua primeira obra, “Nicaragua: A revolução das crianças”, narra os acontecimentos que Barcelos presenciou durante a revolução sandinista, ocasião em que ficou refém dos rebeldes.

Ao todo o jornalista já acumulou 20 premiações ao longo de sua carreira, como o Prêmio Vladmir Herzog por reportagem sobre a o atentado ao Rio Centro em 1981 e o Prêmio Especial das Nações Unidas, por seu trabalho na defesa dos direitos humanos no Brasil.

Sorte dos mossoroenses...

quinta-feira, 9 de junho de 2011

10 aberturas de novelas que marcaram minha infância

Num momento meio nostalgia, acabei fuçando o Youtube em busca de aberturas de novelas que marcaram minha infância... aquelas musiquinhas que não saíam da minha cabeça nem por decreto materno. Pois é. Com certeza vai trazer nostalgia  a muita gente (da minha geração, é claro). Se você tem mais de vinte e cinco anos, sentirá falta de muitas aberturas melhores nesse post. Mas, acredite, se eu tivesse escolha, também teria nascido nos anos 60.

Vamos por ordem de preferência:

1. O Beijo do Vampiro (bombombombombombombom...)


2. Zazá (Cadê Zazá, Zazá, Zazá...)


3. As Filhas da Mãe (Alôoo... Alôoo... quem fala? É do Brasil...) 


4. O Cravo e a Rosa  (Jura... Jura... pelo Senhor...)


5. Chocolate com Pimenta (sol e lua, casa e rua, luz e sereno...)


6. Pecado Capital (dinheeeiro na mão é vendaval...)


7.  Esperança (Viiiiita... Esperanza...)


8. Uga Uga (auê auê auê...) 
  

9. Bang Bang (essa eu ia para frente da tevê só para ver os bonequinhos)


10. Celebridade (adorava o luxo dessa abertura)


Bônus:

Agora é que são elas (dava valor ao estilo pop arte e à música tema) 

Natal com outdoor contra homofobia


Não preciso nem dizer o quanto fiquei surpresa/contente/orgulhosa de ver esse outdoor na BR que liga Natal à Parnamirim. Mais feliz ainda fiquei ao constatar que, após uma semana que percebi, ele ainda não está pichado.

Há dois iguais no caminho para Parnamirim e, segundo o colega Cefas Carvalho, há um também em Ponta Negra.A qualidade da foto não está das melhores pois tirei de dentro do ônibus em movimento. Mas dá para notar (quem ainda não viu) do que se trata.

O outdoor exibe a imagem de dois homens andando pela praia de mãos dadas. Muito achariam um absurdo. Mas o outdoor é claro: Absurdo é preconceito. Em cima, em letras menores e quase incompreensíveis na foto os dizeres "Campanha de combate à homofobia e transfobia".

Achei o máximo. Parece que estamos evoluindo.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Sobre as correntes Illuminati

Não, não se preocupem. Não vim aqui falar que Hitler, Bush ou Osama são reencarnações demoníacas, ou que a pirâmide, a coruja, o olho e o diabo a quatro são símbolos satânicos que lhe mandarão para o inferno. Pelo contrário.

Hoje uma amiga me enviou um e-mail sobre os supostos Illuminatis, assunto sobre o qual eu já li inúmeros textos e assisti mais vídeos que o meu senso de realidade permitiu. Contudo, ela enviou com um título de indignação: "Mulher, veja isso, que absurdo!"
O e-mail, cujo download poderá ser realizado clicando aqui, não falava nada mais que o já esperado: Maçonaria tem símbolos satânicos e, logo, é satânica também; Lady GaGa, Jay-Z, Beyoncé e sei lá mais quem assinaram contrato com o capeta e difundem os ideias do dito cujo em suas músicas; Raul Seixas é adorador de um bruxo muito louco que é adepto do "coisa ruim"...

E-mails com esse teor são recebidos diariamente. Mas quem vai verificar as procedências e a veracidade deles? Alguns nem leem, outros leem e ignoram. A maioria lê e ri... Outros leem, levam ao pé da letra e quebram todos os CD's dos artistas citados que há em suas estantes. Mas ninguém - acredito - vai sequer ao Wikipedia ver o significado dos símbolos tidos como satânicos. Ninguém também se incomoda se aquelas afirmações ofenderão alguém.

Ofenderam. Ofenderam à minha amiga. E ela enviou o primeiro e-mail de contrapartida que já recebi sobre o assunto. Achei digno de compartilhamento. Por favor, ô vocês das correntes: Não enviem um piada sobre o governo de Lula para um petista. Não enviem uma defesa de dona Micarla de Sousa para um representante do #ForaMicarla. Não enviem uma ofensa homofóbica para um gay. Não desacredite Jesus para um cristão. E não fale de Iluminatis para um maçônico. Ofende.

"Por favor, dê uma olhada nesses links. Até mesmo o wikipedia pode dar uma boa resposta.



Se você tiver lido, vai perceber que esses símbolos não remetem a satanismo, não invocam o ódio a Jesus nem nada do tipo. São apenas religiões e crenças diferentes da crença cristã, e se você observar bem, na mesma maneira que um cristão acha que um budista está pecando por não acreditar no seu Deus, um muçulmano tem certeza que todo cristão vai pro inferno. "Lady Gaga e muitos outros artistas estão sendo influenciados pelo simbolismo maçom, iluminati e outra forma de ocultismo antigo". Pode até ser que estejam sim, mas vejamos: Lady Gaga, Jay-Z, Rihanna, Madonna e Beyoncé são artistas da música popular dos EUA e querem que sua fama se estenda até onde puder. Alguns deles simplesmente sobem no palco e cantam? Não, eles fazem malabarismos, usam roupas escandalosas, têm suas vidas pessoais turbinadas de drogas, álcool e muita irresponsabilidade. Tudo para ganhar os holofotes e ser o centro de todas as atenções. Esse tipo de fama vem e passa, e eles acabam apelando pra polêmicas (baixaria mesmo), que acabam gerando controvérsias como essas. Esse tipo de pessoa vale a pena ser levada a sério? É lógico que eles sabiam que usar um símbolo maçom ou iluminati ia causar polêmicas tolas como essa.

O olho que tudo vê é um lembrete que Deus está em todos os lugares que você está, que vê tudo, que sabe tudo, tanto que o olho está no topo da pirâmide. Em que momento isso ofende Jesus? Pelo que eu li na Bíblia, é isso que ele fala também. O olho de Hórus é usado pra afugentar o mau olhado, e se refere a essa proteção mesmo após a morte da pessoa, e não a causa da morte. Os egípcios acreditavam nisso e de maneira alguma pensavam que estavam ofendendo Jesus, até porque ele não tinha nascido na época. E mesmo se tivesse, não seria ofensa, porque são religiões diferentes. É preciso haver esse respeito.

Não me importo que as pessoas pensem que a maçonaria é um culto satânico, porque só quem viu o que se passa naquele lugar pode julgar adequadamente, mas expor sua opinião assim, sem se importar que outras pessoas que participam da maçonaria vejam esse email, é falta de respeito.

Eu espero que da próxima vez que um email assim seja mandando, que ao menos pensem nas conseqüências que ele pode trazer."

A Banda Mais Bonita da Universidade

Há tempos estive pensando em falar aqui sobre A Banda Mais Bonita da Cidade. Mas aí todo mundo já falava, todo mundo já ouvia, todo mundo já conhecia e eu resolvi não falar mais - é por esse motivo que ainda não postei aqui o vídeo da VIVO de Eduardo e Mônica ou sobre o protesto #ForaMicarla. Virou hashtag, já era.

Contudo, hoje achei um vídeo de protesto que achei digno postar aqui. É a Banda Mais Bonita da Universidade, formada pelos alunos de Comunicação em Mídias Digitais da Universidade Federal da Paraíba. O bloco que seria destinado para as aulas do curso ainda está da mesma foma há um ano: estancado no canteiro de obras. Maravilha. Tá aí um bom motivo para se cantar um mantra. Parece que finalmente nós, jovens da geração Shopping Center, estamos achando motivos para protestar. Valeu, galera.



- E o cúmplice?

- Bem, não há grande mistério nisso. Mas logo saberá tudo. Como está agradável o ar da manhã! Veja aquela pequena nuvem: ela flutua como uma pena rosada de um flamingo gigantesco. Agora a coroa vermelha do disco solar se ergue acima da camada de nuvens que investe contra Londres. Esse sol brilha para um bom número de pessoas, mas ninguém, aposto, cumpre uma missão mais estranha que a nossa. Como nos sentimos pequenos, com nossas ambições tão mesquinhas quanto nossos esforços, na presença das grandes forças elementares da natureza! Está bem adiantado na leitura do seu Jean-Paul?

- Relativamente. Cheguei a ele por meio de Carlyte.

- É o meso que acompanhar o regato até a fonte. Ele faz uma observação curiosa, porém profunda. Afirma que a maior prova da grandeza do homem está na percepção da sua própria pequenez. Isso demonstra, como você compreenderá, um poder de comparação e apreciação que é, em si mesmo, uma prova de nobreza. Há em Richter muita coisa que faz pensar. Não está com seu revólver, não é?


(Sir Arthur Conan Doyle. O Signo dos Quatro. Editora Martin Claret, 2009. p 75-76)

Mas, minha filha, essa é a Marta Suplicy!

Certo dia, na tentativa de fazer meus pais aderirem ao gosto por cinema, fui assistir a uma comédia tola e desinterassante - a única em cartaz dublada, ná época - chamada "A fada madrinha", ou algo do tipo. Não lembro muito bem do filme, mas se não me engano o Vin Diesel estava no meio. Só tenho certeza de uma coisa: Julie Andrews fez uma participação especial. Bem especial mesmo. Não deve ter chegado a três minutos. Mas valeu para eu rir com o comentário vindo do meu pai que se sucedeu à sua aparição:

- Ô minha filha, essa não é a Marta Suplicy?

A minha sorte é que o cinema todo estava em risadas de uma cena do filme. Então aproveitei o embalo e ri também, mas do comentário do meu pai.

- Não, painho. É Julie Andrews, uma atriz de fora.

- Olhe que é a Marta Suplicy...

Bem, demorei um bom tempo para convencê-lo de que o talento de Marta Suplicy ainda não chegara ao nível de atuar em filmes. Mas, somente hoje, quase um ano após o ocorrido, fui analisar a situação. E não é que lembra mesmo?


Aproveitei, então, a oportunidade para fazer algumas comparações que, há tempos, tenho em mente. Lá vai a primeira:


Desde que vi Gladis Vivane do Salto Agulha pela primeira vez, tive certeza que ela parecia com alguém que "conhecia". Matutei, matutei e apenas há alguns dias cheguei ao consenso de que não é alguém, mas alguéns. Para mim, ela é a fusão perfeita das atrizes Danielle Panabaker e Jennifer Love Hewitt. Nariz de uma, boca da outra, formato de rosto de uma, olhar da outra... e por aí vai.

Vamos à segunda:


Fusão mais perfeita só mesmo essa aí. Seria possível, do casamento de um assassino/psicopata (Hannibal Lecter) e um politico (Agnelo Alves), nascer um papa?

Se for... já sabemos quais as procedências de Bento XVI...

quinta-feira, 2 de junho de 2011

"Não gosto dos meninos"

Ok, eu sei que meus leitores podem já estar cansados da minha constante campanha contra a homofobia. Estava determinada a dar um tempo dos posts anti-homossexualismo. Mas foi inevitável, então peço que aguentem (e dêem alguma atenção) a mais um.

Há algum tempo (pouco menos de um ano) conheci a campanha It Gets Better, que surgiu nos EUA a fim de combater o elevado número de suicídio de jovens que sofriam bullying por serem gays. A campanha não foi como água de chuva que dá e passa e ainda está firme e forte. O twitter (@itgetsbetter) está sempre ativo, pessoas que assinaram a campanha recebem atualizações mensais ou quinzenais e os americanos (e pessoas de outros países também) continuam enviando vídeos, vencendo o preconceito de si mesmas, famílias, amigos e aceitando-se como são. Alguns, que já se aceitam até demais, enviam vídeos de apoio aos que ainda sofrem com a condição e a campanha é clara: It gets better! Vai melhorar!

O projeto mobilizou desde estudantes até a presidência dos EUA, tendo até Barack Obama feito um vídeo de apoio aos jovens. Funcionários gays da Casa Branca também fizeram um vídeo, bem como os funcionários da Pixar (que produz animações). Na página Vídeo desse blog também há outro vídeo produzido em apoio à campanha, que, para mim, é o mais emocionante.

Contudo, a não é exatamente a It Gets Better a responsável por esse post, mas o vídeo brasileiro "Não gosto dos meninos", de direção de Gustavó Ferri e André Matarazzo, que foi inspirado na campanha americana, e a mim foi apresentado pela estimada Kassandra Lopes. Fiquei, particularmente, orgulhosa pela inclusão do Brasil no projeto. E mais ainda pela aceitação que o curta tem tido. É um curta em que mais de quarenta pessoas (gays, lésbicas e trans) falam a respeito de suas experiências, desde a infância à descoberta, à aceitaçao da família, à vida que levam hoje em dia.

A frase mais significativa do filme para mim apareceu quase no finalzinho, quando um dos personagens fala: “Não subestime o amor das pessoas por você”. É a mais pura verdade. Quem ama de verdade, continua amando, não importa se você está com uma mula, como diz, em brincadeiras, uma boa amiga. Mas não é amor que a comunidade LTBG procura, mas respeito. Isso sim deve ser dever de todos. Respeito e aceitação.

O vídeo "Não gosto dos meninos" segue abaixo. Todos os outros citados podem ser facilmente encontrados no bom e velho YouTube ou no próprio site do Projeto It Gets Better, cujo link está na primeira citação a ele do post. Dêem uma checada, vale à pena!


17 curiosidades sobre a mulher

Retirei do site Sedxbor. Não sei se são confiáveis, mas achei interessante, engraçado e a-do-rei a ilustração. Então copio tudo aqui. Os comentários, sim, são meus.



1) 46% das mulheres parariam de fazer sexo por duas semanas, em vez de se desconectar da internet pela mesma quantidade de tempo. (Bem. Se você é jornalista, faz sentido. Mas duvido que 46% das mulheres sejam jornalistas.)

2) Apenas 17% das mulheres vão ter um orgasmo durante o sexo em toda a vida . O resto vai se masturbar para obter um. (Valha.)

3) Pessoas que têm nasofilia ficam com tesão só de tocar, lamber ou chupar o nariz do seu parceiro. (Para a sorte de Pinóquio)

4) Boring Vagina é a relação sexual em que a parceira tem com pouco movimento e um interesse próximo de zero. (E que não são tão raras. Sorry, men.)

5) O Japão quebrou o recorde mundial de orgia, com 250 homens e 250 mulheres fazendo sexo em um armazém. (Esses nerds, hein?)

6) Para 75% das mulheres, o tempo é o fator mais importante no sexo. (Depende, né?)

7) Nem toda mulher gosta de receber sexo oral. Algumas mulheres acham desconfortável.
(Sem comentários)

8) Depois de uma separação o corpo se sente vazio, e então as pessoas se voltam para alimentos açucarados como chocolate e sorvete.
(Tá explicado, Britney...)

9) 60% das mulheres abaixo de 21 anos não tem idéia de como ter um orgasmo.
(Normal, meu povo. Nem todo mundo mora em Ibiza.)

10) Vulva é um perfume feito para cheirar exatamente como o odor vaginal.
(Valha.)

11) 40% das mulheres podem ter orgasmo ao sonhar com sexo.
(É isso que chamam de sensibilidade feminina...)

12) Você pode perder entre 4 e 6 quilos por ano tendo sexo 10 vezes por mês.
(Quem precisa de academia?)

13) Muitas mulheres dizem que tiveram alguns dos melhores orgasmos quando estavam grávidas.
(Mas os filhos não precisam saber disso, certo?)

14) Homens e mulheres com vida sexual ativa têm maior probabilidade de viver uma vida mais longa, mais produtiva
(Explicada a decadência dos conventos e seminários.)

15) Gorilas fêmeas cometem atos bissexuais na tentativa de estimular os machos alfa.
(Bem que disseram que o homem ainda tem muito do macaco, hein?)

16) Mesmo com o uso de preservativos, se seu parceiro tem herpes, você tem uma chance de 80% de pegá-lo também.
(Tá na hora de fazerem uns preservativos mais resistentes, né não?)

17) Mulheres com mais de 40 anos preferem dormir e sair com homens entre 25 e 35 anos.
(Grande novidade.)

[Vídeo] Telenovela e Representações Sociais

Vi esse vídeo há pouco no excelente blog Cultmidia da amiga jornalista e pesquisadora Regina Cunha e fiquei encantada!

Parabéns a todos os meninos que participaram, em especial ao meu companheiro de trabalho Igor Jácome (Eduardo Jr.)

O vídeo foi produzido para a disciplina de Sistemas de Comunicação do curso de Jornalismo da UFRN.

Há tempos não via um vídeo tão bem feito (produção, direção, edição), com excelente conteúdo analítico e crítico, e ainda por cima, bem humorado! Vale muito à pena conferir e divulgar o ótimo trabalho produzido em nossa universidade.

Digno de um prêmio! Parabéns mesmo, meninos!

Obs: Só para lembrar que eles são alunos do segundo período...





Elenco:
Vanessa Laís - Dulce Maria, Maria Dulce, e Dona Tereza
Victor Ferreira - Marco Antônio e Maria do Socorro (Help)
Saulo de Tarso - Seu Eduardo
Igor Jácome - Eduardo Jr.
(Part. Especial) Diego Campelo - Entregador

Narração:
Kolberg Luna

Roteiro:
Vanessa Laís, Victor Ferreira e Diego Campelo

Câmera: Diego Campelo

Direção e Edição: Vanessa Laís

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Notícias 2030

Bem, a tag é humor, mas eu nem duvido que algumas dessas notícias se tornem verdade... E olhe lá se esperarem até 2030. Por hora, vamos rir das ideias geniais do autor, o Antônio Tabet, do blog Kibeloco.com.br

Obrigada ao comentário anônimo que me informou o autor.

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...