domingo, 27 de fevereiro de 2011

Bravura Indômita

Ao contrário do meu colega de trabalho Cefas Carvalho, eu concordo plenamento com a nominação brasileira para "True Grit". Bravura Indômita é um título que consegue passar bem a essência do filme, não é uma tradução assim tão mal feita, além de ser um típico título de filmes Western.
Porém, o título foi apenas a primeira das minhas aprovações com relação ao filme.
Admito que, quando assisti ao trailer, não fiquei muito empolgada. A história? Cheia de estereótipos batidos. A direção? Era a mesma de Onde os fracos não tem vez e eu decididamente odiei aquele filme. O contexto? Faraoeste. Nunca foi meu tipo favorito. Estava decidida a sequer dar uma chance a Bravura Indômita até que, certo dia, cheguei à Redação e Cefas (cuja opinião eu muito valorizo) disse que assistira ao filme e gostara bastante. Então nao pensei duas vezes. Juntei a saudade de cinema à indicação do filme e corri para a sessão de Bravura Indômita.
Bem, devo dizer que a segunda coisa que me chamou atenção no filme foi a atuação de Hailee Steinfeld (Mattie Ross), mais que merecidamente indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. Ela, em seu primeiro longa, deu um banho, sem a mínima dúvida, em muita atriz experiente. Devo dizer que, ainda que a direção fosse muito ruim, teria valido à pena apenas por ver o talento dessa jovem atriz despontar.
Por falar em Mattie Ross, creio que o título do filme tem muito mais sentido se aplicado a ela que ao personagem de Jeff Bridges, Cogburn. Ao meu ver, tanto ele quanto o personagem de Matt Damon, LaBoeuf, foram ofuscados pela personalidade forte e a bravura indômita daquela garota de apenas catorze anos.
Quanto à direção, devo dizer que os irmãos Coen finalmente me entraram. Conseguiram me fazer gostar de um filme com ingredientes que abomino (western, sangue, violência). Mas claro que, para isso, eles acrescentaram alguns bastante agradáveis como humor, drama, valores sentimentais, ângulos interessantes e uma porção de boas atuações.

De toda forma, estava bastante confusa sobre a postagem de hoje... a minha dúvida era entre Bravura Indômita e o tal Bruna Surfistinha. Mas essa postagem (que não será tão agradável) fica para a próxima porque quero deixar registrada a minha sincera aposta em Hailee Steinfeld para melhor atriz coadjuvante no Oscar 2011. E olhe que eu realmente adoro Helena Bonham Carter.

Trailer de Bravura Indômita

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Cisne Negro x O discurso do rei

Não sei se estou no momento certo para uma postagem, mas o sono não me vem e há algo em mim que diz: escreva! Então, vamos lá.

Quando assisti a Cisne Negro, vi passarem por mim três fases perceptivas diferentes: a primeira (que durou aproximadamente vinte minutos, ou meia hora) foi o encantamento pelos ângulos do filme (câmeras nervosas, ângulos do tipo que põem o espectador não só dentro do filme, mas dentro dos pensamentos da protagonista), pela arte exposta (tanto o balé quanto a atuação da Natalie Portman, e a fotografia, a iluminação). A segunda fase foi aquela "What the fuck". Tenho uma péssima mania de fazer piadas dos filmes que assisto. Mesmo quando os vejo sozinha. Porém, quando assisto com minha melhor amiga, Ana Clara, com quem nao tenho receio de falar nada impróprio, a coisa se torna ainda mais intensa - e divertida, convém dizer. Então, a cada cena aparentemente bizarra, eu simplesmente fazia uma piada e culpava o roteiro maluco daquela produção expetacular. Essa fase deve ter durado quase uma hora. Até que não consegui mais fazer piadas e o filme, na sua última meia hora, me intrigou por completo. Intrigaria qualquer um, na verdade. Assim como o roteiro de Cisne Negro foi adaptado para fazer o expectador sentir-se na pele da protagonista, o enredo segue os mesmos padrões. E quem não conseguir enxergar isso no filme, decidamente não vai achar lá tanta graça. Trata-se da complexidade, da dualidade, do conflito interior que todos temos (alguns mais intensamente, outros menos) e que, no caso de Nina - a personagem de Natalie Portman - intensificou-se quando associado a sua busca pela perfeição. O receio de Nina era continuar a ser aquela "meNina doce" sem muitos atrativos. Talentosa e bela, detentora de técnica e esforço, mas sempre sombreada por alguem mais atraente em algum sentido. O desafio de Nina era duplo: atingir o seu lado Cisne Negro na aprensentação que faria e na sua própria vida. Para ela, a perfeição seria alcançar esse objetivo, que parecia tão difícil.

Quando ela consegue, porém, o filme chega ao seu ápice. Nina se transforma em sua própria opositora e encarna o papel perfeitamente: na peça e na vida real.

Os mais atentos conseguiram notar que todo o enredo do filme fora contato nas primeiras cenas, quando o diretor do Lago dos Cisnes explica às dançarinas de que se tratava a peça. Então, a morte de Nina e a forma como ela aconteceu, inclusive, não foram novidades. O esplendor está, com certeza, na forma como esse enredo foi desenvolvido e não em um final totalmente previsível.
Em uma palavra, Cisne Negro poderia ser definido como complexo. Complexidade. Complexidade humana. Aquela complexidade que faz os mais pensativos, loucos.

A produção, com certeza, merece no mínimo dois Oscars. Eu garantiria sem piscar o de Melhor Atriz e Melhor Fotografia.

Quanto a Melhor Filme, sou um tanto suspeita a opinar, pois, além de ser admiradora incurável da atuação de Natalie Portman, me identifiquei em demasiado com o filme, a ponto de rebaixar O Fantasma da Ópera, de Andrew Lloyd Webber, para o segundo lugar da minha lista de filmes preferidos.

Se Cisne Negro tem a complexidade como marco, o seu maior concorrente na categoria de Melhor Filme, O discurso do rei, ao contrário, poderia ser definido como brilhante por sua simplicidade. O filme é belo sem tanto esforço. Nada de muitos efeitos especiais, nada de chamativos, sequer o enredo era difícil de se entender. Porém, mesmo com o mínimo de ação possível, O discurso do rei foi capaz de prender minha atenção do início ao fim, passando longe da categoria dos entediantes.

O filme foi privilegiado com grandes atuações. Colin Firth e Geoffrey Rush pareciam ser irmãos tamanha era a química que tinham nas cenas. Colin Firth merece, de longe, a estatueta de Melhor Ator. Isso, sem contar a presença sempre marcante de Helena Bonham Carter (confesso que foi um tanto estranho vê-la em um papel "normal" depois de Bellatrix Lestrange e da Rainha de Copas).

O filme chega a ser emocionante, por ser leve, e me fez, particularmente, refletir sobre coisas simples da vida. Valores como amizade, humildade e princípios como determinação e coragem.

Em uma linguagem simbólica, podemos dizer que O discurso do rei toca o coração enquanto Cisne Negro força e indaga a mente.

Porém, uma coisa é certa: os dois merecem minutos e até horas de reflexão ao fim da sessão. Quem sabe algumas lágrimas, para os mais sensíveis.

Trailer de Cisne Negro


Trailer de O Discurso do Rei

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

É lei!


Estava decidida a fazer uma senhora postagem sobre o filme Black Swan, contudo, hoje recebi um e-mail bastante interessante no que diz respeito à utilidade pública e achei que Natalie Portman me perdoaria se, primeiro, eu compartilhasse o conteúdo dele.

Duas leis foram sancionadas pela deputada Márcia Maia no estado do Rio Grande do Norte. São elas:

LEI Nº 9.451/de 31 de janeiro de 2011
"Ficam dispensados de pagamento das taxas referentes ao uso de estacionamento cobrados por shopping centers instalados no Estado do RN, os clientes que comprovarem despesas correpondentes a pelo menos 10 (dez) vezes o valor da referida tarifa.  Ficam os shoppings centers obrigados a divulgar o conteúdo desta Lei por meio da colocação de cartazes em suas dependencias". A Lei passa a vigorar a partir de hoje, dia 03/02/2011, data da publicação.

LEI Nº 9.450 de 31 de janeiro de 2011
"Fica vedada a cobrança, no Estado do RN, pelas concessionárias prestadoras de serviços de telefonia fixa e móvel, das tarifas de assinatura básica cobradas de seus consumidores e usuários". A Lei entrará em vigor no prazo de 120 (cento e vinte) dias contados da data da sua publicação.

Enfatizo que a primeira já está em vigor, porém, tenho sérias dúvidas de que será cumprida. No que depender dos shoppings não será mesmo. No entanto, é importante que ela seja divulgada para que nós, cidadãos potiguares (tudo bem que eu sou apenas metade potiguar, e, na verdade, lamento muito que essa lei não seja vigorada no Ceará também), possamos fazê-la valer! 
Não creio que dispensar a taxa de estacionamento dos shoppings seja algo absurdo, ou o Midway Mall (santo Midway Mall), após 6 (??) anos de funcionamento não manteria essa política. 

De toda forma, a informação é apenas a critério de conhecimento. Ok que R$ 4 de estacionamento não e praticamente nada frente a R$ 200 de compras. Mas, fala sério, R$ 4 é um sanduíche do BOBS. R$ 4 é uma sessão das três inteira. R$ 4 são duas casquinhas e ainda sobra dinheiro. Então, não por miserabilidade, mas porque é direito nosso, prezemos pelos nossos R$ 4, sim? E vamos por esse negócio para funcionar!

Quanto a segunda lei, não tenho muito o que falar. Acho mais que justo e, para ser sincera, fiquei surpresa em saber que só agora isso virou lei.

Próxima postagem, prometo, Black Swan. :)

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