Era ruiva. Não natural, mas se tornara depois que percebera que os homens sentiam-se atraídos por mulheres ruivas. Talvez por haver poucas. Porém, ninguém, a não ser a melhor amiga, que pintara o seu cabelo, diria que ela não fora sempre daquele jeito. O ruivo caía bem quando associado aos olhos azuis, à pele tão branca e delicada, e às sardas discretas e charmosas no rosto.
Quando o telefone tocou ela já estava pronta. Olhara-se no espelho antes de sair de casa. O ruivo também ficara bom com o short jeans curto e a blusa tomara-que-caia. Quando calçou a sandália de saltos altos, discreta e atraente, teve certeza que seria muito bem recompensada.
Dentro da carteira, pôs as camisinhas, embora alguns preferissem não usá-la. E pôs, claro, o cartão que lhe dava o benefício da meia-passagem.
Quando entrou no ônibus, indo em direção àquele encontro vespertino, fechou os olhos e concentrou-se na música que tocava em seu mp3. Desejou que as próximas três horas passassem rápido. Precisava chegar na loja de celulares antes que fechasse. Compraria um aparelho exatamente como Ana queria... E o melhor momento do dia, ela sabia, seria ver a expressão de felicidade da amiga após entregar-lhe o presente. E sentir-se protegida, mais garota e menos mulher. Mais amadora e menos profissional...
Simplesmente adorei!
ResponderExcluirBarra pesada.
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