Fora encarregada de tirar fotos. Mas não gostava de tirar fotos de objetos. Estáticos, não havia desafios. Dessa forma, seu trabalho tornava-se mecânico e ela não gostava de trabalhos mecânicos. Para que estudava, afinal? Revoltava-se internamente. Mas pegava a câmera semi-profissional e ia, sem reclamar. Naquele ambiente, a câmera lhe atribuía um status, e todos sorriam ao vê-la, na esperança de que fossem fotografados. Na verdade, não ao vê-la, mas a câmera. Contudo, já dizia o pesquisador: os meios são extensão do homem. Nesse caso, a máquina fotográfica era sua extensão. Quando a viam, automaticamente buscavam a câmera. Se a câmera não estavam lá, desapontavam-se.
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
Em off
Meus mais íntimos amigos sabem que, no jornalismo, o que mais me apaixonam são os personagens. Sempre que vou apurar uma pauta, é inevitável não acabar levada pelas histórias do diretor de determinada empresa, pelos dramas da funcionária pública, ou pelas piadas e ensinamentos do aposentado. Claro que isso tem um preço. No meu caso, é quase sempre ficar apertada nos deadlines. Whatever.
Mas o melhor é quando, sem querer, somos importantes para a fonte, mesmo que esse não fosse o objetivo, afinal. Então, "em off", eu relato, o que "em off" escutei há uns dias...
"Minha filha, eu sei que não tem a ver com a entrevista, mas eu gosto muito de Educação. Quando eu me formei em Medicina, exerci um pouco, e depois fui para a educação. Então, saí da UFRN e minha esposa queria porque queria que eu voltasse a clinicar. Mas eu não quis, sabe? Eu realmente gosto de Educação. Foram 30 anos em lugar X, mais 5 anos em lugar Y e mais 12 anos aqui."
"Olhe, muito obrigada por essa entrevista, eu estou achando ótimo. É bom que me distraio. Não sei se mencionei mas meu marido sofreu um acidente e está em coma. Então, você pode ligar quando quiser, ao menos esqueço um pouco essas coisas..."
"Eu, como diretor do lugar X fiquei muito satisfeito com essa decisão que a gente tomou de melhorar a qualidade dos alimentos. Olhe, minha filha, isso é em off, mas eu perdi um filho de câncer e teve a ver com os alimentos que ele comia, então eu fico muito contente de ajudar as pessoas a não terem mais esse tipo de problema..."
Não sei se só sou eu ou todo repórter, mas é nessas conversas "em off" que eu vejo mais sentido em ser jornalista...
Mas o melhor é quando, sem querer, somos importantes para a fonte, mesmo que esse não fosse o objetivo, afinal. Então, "em off", eu relato, o que "em off" escutei há uns dias...
"Minha filha, eu sei que não tem a ver com a entrevista, mas eu gosto muito de Educação. Quando eu me formei em Medicina, exerci um pouco, e depois fui para a educação. Então, saí da UFRN e minha esposa queria porque queria que eu voltasse a clinicar. Mas eu não quis, sabe? Eu realmente gosto de Educação. Foram 30 anos em lugar X, mais 5 anos em lugar Y e mais 12 anos aqui."
"Olhe, muito obrigada por essa entrevista, eu estou achando ótimo. É bom que me distraio. Não sei se mencionei mas meu marido sofreu um acidente e está em coma. Então, você pode ligar quando quiser, ao menos esqueço um pouco essas coisas..."
"Eu, como diretor do lugar X fiquei muito satisfeito com essa decisão que a gente tomou de melhorar a qualidade dos alimentos. Olhe, minha filha, isso é em off, mas eu perdi um filho de câncer e teve a ver com os alimentos que ele comia, então eu fico muito contente de ajudar as pessoas a não terem mais esse tipo de problema..."
Não sei se só sou eu ou todo repórter, mas é nessas conversas "em off" que eu vejo mais sentido em ser jornalista...
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
[...] você nunca sabe [...]
"O melhor de escrever a primeira palavra de estória é que você nunca sabe aonde ela vai acabar..."
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
Coletivo Artístico Atores à Deriva promove oficina de iniciação teatral
O Coletivo Atores à Deriva vem desenvolvendo nos últimos três anos um trabalho focado na criação cênica, no treinamento técnico do ator e na pesquisa da dramaturgia além da palavra escrita (dramaturgia da cena) o qual, acreditamos, dialoga com o momento atual que simula um “fazer as pazes” entre autor e ator, entre dramaturgo e encenador, no processo de criação.O processo de pesquisa do Coletivo tem primado pela construção de um ator que deixe de ser mero reprodutor de imagens e sentimentos e que possa ser realmente um criador. o coletivo aposta na horizontalização do pensamento, na troca de saberes e nas possibilidades que a precariedade pode trazer como potencia criativa da cena.
A oficina de iniciação parte da intenção de criar um espaço para a exploração de ideias, onde os participantes são estimulados a criar. Propõe-se um processo de vivência de um “momento teatral” que todos possam chegar através de uma prática coletiva, viva e estimulante, explorando de forma simplificada as mais variadas tecnicas do teatro, baseadas em: jogos teatrais (Viola Spolin e Augusto Boal), treinamento psicotecnico (Jerzy Grotowsk e Antonin Artaud) e alongamentos (baseados na tecnica de pilates).
O curso tem duração de 03 horas cada dia, totalizando 24 horas-aula, com o seguinte percurso:
“Eu e o meu corpo”: respiração, técnicas de relaxamento, alongamentos, consciência corporal e observação de si;
“Eu e o outro”: contato-improvisação, exploração do corpo em movimento, exercícios de confiança, comunicação corporal, jogos e brincadeiras teatrais, e observação do outro;
“A cena”: improvisação individual, improvisação em grupo, textos e partituras físicas, criação da cena a partir do espaço vazio, métodos de composição de personagem.
A oficina será ministrada por Bruno Coringa, ator do Coletivo Artístico Atores à Deriva e contará com a supervisão de Henrique Fontes, diretor do Coletivo.
A oficina acontecerá nos dias 09, 10, 11, 12, 16, 17, 18 e 19 de Janeiro das 19:00 ás 22:00h na sede do Coletivo Atores à deriva que fica na Rua Frei Miguelinho Nº 47a, em frente ao Centro Cultural Casa da Ribeira.
Para se inscrever basta baixar a ficha de inscrição no blog: atoresaderiva.blogspot.com , preencher e enviar para atoresaderiva@gmail.com
Vagas limitadas apenas 15 pessoas.
valor da oficina: R$ 50,00 reais
Faixa etária: A partir dos 16 anos
O pagamento pode ser feito no primeiro dia de oficina ou através de deposito.
Dados bancários:
Coletivo Artístico Atores à Deriva
Banco: Itaú
Agência 7123
Conta Corrente 01397- 6
Atenção: o pagamento através de deposito terá desconto de 10%.
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