domingo, 17 de abril de 2011

Sobre a Felicidade, que não se compra

Tive acesso ao filme A Felicidade não se compra (It's a wonderful life, 1946) em uma das situações menos prováveis possíveis. Contudo, sou extremamente grata a quem me apresentou a ele, embora, provavelmente, esse tenha sido o único contato mais próximo que tivemos e teremos na vida. Com essa pessoa também aprendi algo de que sempre lembrarei: Não leia sinopses. Confie se alguém diz que um filme é bom. As sinopses acabam com boa parcela do encanto dos filmes... e raramente influenciam na opinião que você terá após assisti-lo. Então, se você pretende fazer o download do filme ao fim do post não termine de lê-lo.

A impressão que tive ao assistir A felicidade não se compra é que se Charles Dickens tivesse dirigido um filme, ele seria exatamente assim. Não sei se esse foi, de fato, o melhor filme que já assisti, mas posso dizer seguramente que tudo me cativou nessa produção em preto e branco que conseguiu ser ao mesmo tempo divertida e emocionante, mesmo com os poucos recursos cinematográficos aos quais tinha acesso em plena década de 40.

A primeira coisa que me prendeu e encantou foram os créditos iniciais: eram letras e desenhos preparados cuidadosamente a mão, e cada papel era tirado um a um para que os nomes principais do filme fossem revelados. Achei belíssimo. E pensei que na era digital em que estamos, ninguém mais se daria ao trabalho de desenhar caprichosamente em uma folha de papel para exibir os créditos de um filme.

Em seguida vem a história batida do anjo errante e sem asas que precisa ajudar um humano a não fazer bobagens. E então, o flash-back de toda a vida do personagem principal: George Bailey, um garoto divertido, bondoso e determinado que, ao ver seus objetivos impedidos dia após dia, se torna estressado, preocupado e abatido.


Contudo, ao longo de sua vida, George salvou a vida de muitas pessoas. Foi bondoso sem achar que a sua bondade realmente tivera importância. Casou com a mulher que amava e teve quatro filhos, uma bela família que acabava prejudicada pela frustração do pai. Será preciso que George enxergue o quão importante fora e é para que ele salve, dessa vez, a sua própria vida. E de quebra, dê um par de asas para o seu anjo responsável.

Com belíssimas cenas e intérpretes condizentes ao ritmo e mensagem do filme, "A felicidade não se compra", do diretor e produtor Frank Capra, é um típico conto de Natal cativante e envolvente, o suficiente para me fazer derramar algumas lágrimas ao fim. E, acredite, isso é raro. Um filme simples e indispensável no repertório de qualquer cinéfilo. E, se possível, de qualquer ser humano também.

Trailer "A felicidade não se compra"



Um comentário:

  1. Suas indicações de filmes são sempre boas e confiáveis, tenho certeza que esse tbm é um ótimo filme, já está no gatilho para meu download hehe E realmente, se te fez chorar, o filme É bom! Parabéns mais uma vez pelo blog e pelas belissimas postagens! ♥

    ResponderExcluir

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...