1. Odeio não conseguir comer nas horas que indicam a minha dieta.
2. Odeio não conseguir dormir 7h por noite.
3. Odeio ficar improdutiva.
4. Odeio me prender a pequenas expressões, palavras, miligramas de percepções, e formular um pensamento particular, muitas vezes desconexo.
5. Odeio a fuga da concentração.
6. Odeio as horas, que vezes correm à velocidade de lebre, vezes rastejam sem a mínima pretensão de acelerarem-se.
7. Odeio a desconfiança.
8. Odeio o medo, o receio.
9. Odeio a insaciabilidade.
10. Odeio como olhos que brilham como estrelas podem facilmente transformar-se em pequenas poças de água salgada.
11. Odeio o sorriso bobo, que idiotiza.
12. Odeio o nó na garganta.
13. Odeio o peso no estômago.
14. Odeio o sentimentalismo exacerbado.
15. Odeio a dependência.
16. Odeio a ansiedade.
17. Odeio a impossibilidade.
18. Odeio a visão fraturada que se julga onisciente.
19. Odeio os corpos, que simulam reações irreais, e escondem aquelas que desejamos conhecer.
20. Odeio as decepções.
21. Odeio a carência
22. Odeio a transparência que transmitimos, mesmo em ocasiões indesejadas.
23. Odeio a possibilidade do erro.
24. Odeio a preocupação exacerbada.
25. Odeio não ser correspondida.
sábado, 31 de março de 2012
quarta-feira, 14 de março de 2012
Paradoxo do pretérito perfeito
Quando acreditei
Mentiste
Quando voei
Caíste
Quando corri
Paraste
Quando busquei
Calaste
Quando brinquei
Cansaste
Quando aceitei
Duvidaste
Quando amei
Desististe
Quando esperei
Partiste
domingo, 11 de março de 2012
As descobertas de domingo à noite
Tem uma coisa que me agrada em ficar sozinha. Eu sempre penso. Penso descontroladamente e, depois de tantos pensamentos, a gente sempre descobre alguma coisa. Hoje eu descobri porque fujo das pessoas. Bem, é. Eu fujo das pessoas. Sou simpática e tal, mas estou sempre fugindo.
Há um "limite" da presença dos outros da minha vida. E se ele é extrapolado, já é hora de ir saindo de fininho. Algumas vezes é só porque sinto falta de estar sozinha mesmo. Outras vezes - a grande parte delas - é por medo. O mesmo medo que me faz fugir. É o medo de que as pessoas enjoem, como algumas já fizeram - fazem. Às vezes, a vontade é de ficar perto, de abraçar e compartilhar os pensamentos, sonhos, conhecimentos, angústias, sorrisos... Mas fujo por pensar que, talvez, ao fugir, a minha presença posterior se torne mais aturável.
É isso. Se somos sociáveis, se conhecemos muitas pessoas, saímos todas as noites, compartilhamos a vida com um número considerável de indivíduos constantemente, somos julgados. Se somos sinceros e nos deixamos mostrar, não faltam adjetivos moralmente inferiores para nos classificarem. É possível, contudo, que também sejamos elogiados e possamos agradar outros. Mas os maus predicativos são inevitáveis. Ao reclusarmo-nos, porém, e limitar a presença, não damos abertura para quaisquer predicativos mais íntimos. Sejam eles bons ou maus. É aí que prefiro o anonimato mediano à exposição exagerada.
Mas as pessoas também julgam os anônimos. E pior. São julgados sem sequer serem conhecidos. São chamados "reclusos", "afastados", "escanteados", como se isso fosse pecado.
Mas é mesmo uma característica da sociedade criticar, generalizar e julgar. E cá estou eu fazendo o mesmo. Ora, é difícil padronizar opiniões. A cada dia tenho mais certeza de que as pessoas são tão singulares e particulares que se torna obtuso querer classificá-las. Por esse motivo, tenho a cada dia mais medo do que pensam. E mantenho-me reclusa. Que isso não seja uma heresia.
sexta-feira, 9 de março de 2012
Heroína potiguar poderá ser homenageada na abertura da Copa de 2014
Foi com meu já declarado orgulho patriota, potiguar e feminista que recebi uma empolgante notícia ontem. Em oportunidade de conversação com o Professor Diógenes da Cunha Lima, fique sabendo de um projeto que está desenrolando pelas burocracias estatais para que a Copa de 2014 seja aberta com um balé que homenageia a vida de Clara Camarão, conhecida como a primeira heroína potiguar e nacional.
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